Uma Visão Geral da Situação do Rádio no Brasil

As últimas décadas foram caracterizadas por um crescimento praticamente exponencial nos métodos de comunicação pelo mundo todo. Seja impulsionado pela globalização ou pelo constante desenvolvimento tecnológico dos cassinos online, também novas e mais eficientes plataformas de comunicação surgiram, levando os ouvintes e telespectadores a questionarem as utilidades e vantagens meios já existentes.

Um exemplo claro dessa mudança é a criação da internet e como ela trouxe novas oportunidades para os meios clássicos de comunicação. Filmes e televisão rapidamente migraram (parcialmente) para serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime, enquanto serviços de rádio encontraram um novo lar em Podcasts, com a clara vantagem de serem acessados por qualquer dispositivo móvel ou computadores, incluindo a possibilidade de baixar episódios e escutá-los sem a limitação de uma programação de rádio tradicional.

À medida que o avanço tecnológico vem trazendo novos meios de fazer o que já fazíamos no passado, a prática do rádio tradicional foi forçada a se adaptar.

Rádio no Brasil

A chamada ''radiodifusão'' foi estabelecida no Brasil em 1922, com a era comercial do mesmo começando em 1930. O estabelecimento desse veículo de comunicação foi essencial para a difusão de importantes discussões políticas na época, porém sendo rapidamente controlada com a entrada do governo Getúlio Vargas, pelos próximos 15 anos.

Desde então, muitas estações oficiais foram estabelecidas, com algumas desaparecendo com o tempo, dando lugar para novas estações de rádio legais. Discussões englobavam os mais variados tópicos, desde notícias e política, até esportes e estações religiosas (primariamente católicas e protestantes).

Quase um século de rádio no país

É interessante observar que, ao mesmo tempo que a radiodifusão atualmente vem perdendo lugar numa taxa anual quase constante, devemos também levar em conta que a prática de rádio possui um histórico de quase 100 anos. Foram décadas após décadas de contínua transmissão, dia após dia.

Durante a época da ditadura brasileira, com início na década de 60, o controle sobre o conteúdo expressado nas rádios também foi fortemente controlado, com uma nova era pós-ditadura sendo estabelecida na segunda metade da década de 80.

Qual a situação atual?

Como definimos na introdução deste artigo, os últimos anos, tanto no Brasil quanto mundo afora, foram recheados de avanços tecnológicos e implementações de novos métodos de comunicação.

Apesar de os cinemas ainda existirem (parece que não durante esta pandemia né?), serviços como Netflix e Disney+ tomaram um forte lugar na indústria de filmes e séries.

O mesmo aconteceu com a radiodifusão, com um pequeno detalhe: essa substituição vem acontecendo fora do país desde antes de 2010. Nos Estados Unidos especialmente, o crescimento de Podcasts (basicamente programas de rádio online, acessados a qualquer momento) acelerou astronomicamente.

As vantagens em relação à rádio são muito claras: episódios de podcast podem ser baixados a qualquer momento (plataformas como Spotify e Deezer), podem ter durações desde 20 minutos à 5 horas, possuem uma qualidade de som maior e não precisam dividir espaço com outras estações de rádio no país.

Situação no Brasil

A situação no país, apesar de atrasada (que novidade), é largamente a mesma: cada vez menos pessoas escutam rádio no carro ou em casa, dando lugar a aplicativos de celular e computador. Mês após mês, cada vez mais podcasts brasileiros surgem e cada vez mais brasileiros os acessam.

A tendência é que o rádio no país diminua com o passar dos anos, especialmente que ele é largamente ouvido por pessoas acima de 40-45 anos. Abaixo desta idade, a grande maioria dos ouvintes escutam podcasts e dados sugerem que isto continue a aumentar.

13 Sep 2021